Por: José Duarte de Barros Filho
A infinita alegria do Natal de Jesus se multiplica de muitas formas, e estes contos o provam…
Qual a novidade do Natal? Ele é sempre novo, pois Cristo nasce nos nossos corações todos os dias.

“A oração de Papai Noel” é uma das aquarelas de Bia Penna que ilustram os contos natalinos que fazem parte da coletânea “Histórias de Natal”, publicada pelo CEC.
Eis que, pela graça de Deus Uno e Trino, mais um Natal se aproxima, algo que nenhuma pandemia, de saúde física ou espiritual, pode impedir: pois o Todo-Poderoso não pode ser vencido pelo mal, por muito atrevido que seja. Ao contrário, cada vez mais firme é o encaminhamento do Seu plano de Salvação para nós, através das desventuras dos tempos, sempre confirmando a Sua infinita bondade e ternura para com Seus filhos atribulados; algo que se manifesta muito concretamente, é certo, pela Encarnação de Nosso Senhor Jesus Cristo, e Seu nascimento entre nós – Deus feito Homem, para que o Homem possa retornar a Deus, vencendo todas as misérias! – no Natal.
E o que podemos contar do natalício de Jesus? Em primeiro lugar, cabe um reparo: “contar” tem dois aspectos, duas acepções, que bem se alinham com os equívocos deste mundo atual. Este verbo pode indicar a ideia matemática e comercial de numeração, que obviamente, no sentido mais comum, implica em lucros monetários, sugerindo a abordagem atéia e materialista que desfigura tão amargamente a bendita, necessária e infinitamente misericordiosa presença física de Deus entre nós, sob a humanidade do Menino Jesus. Mas também pode significar uma narração, o desenvolvimento de uma história, e o que se espera de uma história é que seja bela, importante, que nos acrescente aos sentimentos, à razão, à alma e ao espírito algo que de fato valha a pena…
Nenhuma história nos eleva e edifica mais do que a de Jesus, isto é, a do plano de Deus para o resgate dos Seus filhos, Dele autoafastados pelo Pecado Original e absolutamente necessitados da ajuda divina para voltar à felicidade plena e original da perfeita comunhão com a Trindade divina. Contudo, muitas são as histórias falsas sobre Jesus, as que não valem a pena, aquelas que O diminuem, ora afrontando-Lhe a divindade, ora denegrindo a Sua santa e perfeita humanidade: são todas as que, por qualquer motivo, não procuram e nem querem entender a verdade da Segunda Pessoa da Santíssima Trindade, na Sua missão de, por amor infinito, ainda desejar o bem eterno dos filhos desobedientes. Deus já não quer ser apenas Pai: quer ser nosso irmão, na união oferecida pelo Espírito Santo, e através de Maria, a Sua mais fiel e obediente criatura, Mãe espiritual de cada ser humano – e Mãe do próprio Deus.
As histórias, porém, que de diferentes ângulos trazem uma aspecto da Verdade – aquelas que valem a pena, que entendem e amorosamente se rejubilam em tatear o Evangelho, espraiando seus desdobramentos em cuidadas rendas de palavras –, estas nos conduzem e aproximam do sentido maior que o Natal não apenas traz, mas é, a plenitude dos tempos, quando finalmente a história humana tem resgatado o seu sentido…
Tais histórias, belas, de fato usam corretamente o verbo “contar” – pois falam fielmente do Verbo, feito carne; usam com verdade a palavra, para mencionar a Palavra que é Verdade, e Caminho, e Vida; contam contos que, concisamente (pois, quem pode tudo abarcar de Deus?), revelam algumas das inúmeras formas da beleza da Encarnação. Neste livro de contos, singelos como a manjedoura, estão também, como nela mesma, discretamente colocadas palavras de amor a Jesus, o único presente que a Ele podemos dar, no Seu natalício, no Seu sempre renovado aniversário entre nós. E o que desejamos é compartilhar com os leitores estas mesmas palavras, reafirmando o justo significado do Natal – Natal é Jesus! –, e portanto a única coisa que vale a pena, e sempre valerá.
Pois a Palavra vale a pena com que foi escrita.
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